sábado, 2 de maio de 2009

Poder e Administração no Capitalismo Contemporâneo


Resumo Analítico do Artigo de Lúcia Bruno intitulado
Poder e Administração no Capitalismo Contemporâneo

O artigo de Lúcia Bruno, intitulado Poder e Administração no Capitalismo Contemporâneo é esclarecedor, pois já no primeiro parágrafo ela expõe o objetivo do artigo que é apresentar um quadro referencial de análise que nos permita discutir as formas contemporâneas de organização e de exercício do poder, no interior das organizações, tendo como referência as teorias administrativas.
Desde os anos 60, o mundo vem se transformando, desenvolvendo-se organizacional e economicamente, tais ocorrências hoje são mais perceptíveis pois um processo econômico é lento e as organizações que participam deste processo habituam-se a uma espécie de jogo que só podem mudar com o surgimento de um novo jogo. Essa mudança de jogo é lenta porque quem joga é o mundo, é preciso então, que o mundo aprenda a jogar um novo jogo.
Estamos jogando a globalização, há algum tempo, no entanto, começamos a percebê-la à cerca de dez anos, especialmente com as ferramentas de comunicação de que hoje dispomos, neste ponto, o texto de Lúcia Bruno é indispensável para realmente entendermos o que se passa ao redor, além da tão falada globalização econômica, o texto nos esclarece a respeito da transnacionalização das estruturas de poder e a reestruturação produtiva.
São fenômenos novos de alguma forma, tendo em vista o início deste processo até os dias atuais, porém Bruno pontua a rapidez de movimentação deste processo e especialmente como isso é determinante em nossas vidas. Pra entendermos melhor a globalização econômica, é preciso que entendamos o início do capitalismo, que desde seus primórdios já prega a internacionalização do capital, já que este modo de produção nunca foi um sistema com características nacionais.
É a partir da Segunda Guerra Mundial que esse processo acelera-se, pois é quando, as empresas multinacionais – em sua grande maioria norte-americanas – começam a se expandir ultrapassando os territórios nacionais, daí os termos globalização e transnacionalização. Neste período o Estado-Nação começa a perder todo o poder de decisão, pois, esta nova forma já não se fundamenta na intervenção econômica dos governos e no seu inter-relacionamento. Isto acontece devido as empresas já se relacionarem diretamente sem a intervenção de um ou outro país e isso se dá, especialmente porque as empresas aceleram a concentração de capital, corroendo os sistemas econômicos cuja ordenação pressupunha a existência de poderes políticos nacionais ou plurinacionais, que tinham a capacidade de exercer ações de regulação macroeconômica. Então, podemos entender que a soberania do Estado nacional, a partir daí, não passa de demagogia política tendo em vista que as grandes empresas e governos não negociam em condições de igualdade.
As estruturas dos países são distintas, ao mesmo tempo em que as relações inter-organizacionais se estreitam, o que exige estudos mais específicos e aprofundados dos diferentes tipos de estrutura, ou seja, a prática da gestão torna-se ainda mais complexa, onde os conflitos e disputas exigem uma administração com propriedade, onde o que determina o processo econômico global é o aparecimento de novos pólos políticos de poder e do decisivo avanço dos gestores tecnocratas que controlam o capital.Daí importância conferida à capacidade adaptativa das organizações e aos processos de integração, mudança, conflito e consenso
Um outro fenômeno que ocorre nesta nova ordem mundial é que o poder de decisão pessoal, tende a desaparecer, ou seja, uma estrutura abstrata dita regras de funcionamento. O poder continua vertical, processando-se de cima para baixo, porém, as esferas articuladas se sobrepõem. As responsabilidades então pelas coisas sociais, como a desigualdade, que hoje já não é coisa apenas de terceiro mundo, expande-se pelo mundo afora sem que se aponte o responsável, este é um cenário onde todos obedecem a um sistema impessoal que funciona como uma espécie de regulador da autoridade. A sociedade contemporânea então, caminha pra instituições pluralistas, constituídas por diversos centros de autoridade que se equilibram mutuamente e se auto-regulam.
Cabe então, para nós educadores, a seguinte pergunta, qual é o papel da escola neste cenário? O artigo de Lúcia Bruno, mostra-nos alguns caminhos que podem revelar o sentido da educação dentro de um mundo cheio de contradições. É aí que a escola tem seu papel de reestruturação, embora se discuta bem mais sobre isso do que se faça realmente algo. A família, o meio social juntamente com a escola, precisam exercer sua função social, mais ainda que função, missão. Precisamos saber o porque que escolhemos a educação em nosso meio de trabalho, pois, a esfera ideológica assume grande importância enquanto elemento de coesão social. Para o mercado capital trata-se de uma mercadoria como outra qualquer e isso é uma das razões que provocam nos países uma certa correria para uma reestruturação. O que torna mais democrático o sistema educacional é promover formas consensuais de tomada de decisões. Uma contribuição que o artigo, que chega doer de tão triste é perceber que o Brasil segue fielmente a recomendação do Banco Mundial de investir mais em equipamento e meios físicos em detrimento do professor. Outra pergunta: Como é possível melhorar a qualidade do ensino sem investimentos de qualificação dos profissionais?























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